Plano Nacional de Saúde
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PLANO NACIONAL DE SAÚDE
Apoio aos profissionais na implementação dos programas nacionais
Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares
Circular Normativa Nº 2/DGCG de 31-3-2004: "Diagnóstico, Tratamento e controlo da Hipertensão Arterial"
1. Classificação dos Grupos Tensionais
CATEGORIA |
TENSÃO ARTERIAL SISTÓLICA TAS numHg
|
TENSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA TAD mmHg
|
|
Normal |
120 - 129
|
e
|
80 - 84
|
Normal alto |
130 - 139
|
ou
|
85 - 89
|
Hipertensão Estádio 1 |
140 - 159
|
ou
|
90 - 99
|
Hipertensão Estádio 2 |
≥ 160
|
ou
|
≥ 100
|
Link para obter a tabela:
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i006254.pdf
Programa Nacional de Vacinação
Circular Normativa Nº 08/DT de 21/12/2005, revista
2. Vacinação Universal. Esquema Recomendado
Idades
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|||||||||||
Vacinas contra:
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0 Nascimento
|
2
meses |
3
meses |
4
meses |
5
meses |
6
meses |
15
meses |
18
meses |
5-6
anos |
10-13
anos |
Toda
a vida 10/10 anos |
Tuberculose |
BCG
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Poliomielite |
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VIP1
|
|
VIP2
|
|
VIP3
|
|
|
VIP4
|
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|
Difteria - Tétano - Tosse Convulsa |
|
DTPa 1
|
|
DTPa 2
|
|
DTPa 3
|
|
DTPa 4
|
DTPa 5
|
Td
|
Td
|
Haemophilus enfluenzae b |
|
Hib1
|
|
Hib2
|
|
Hib3
|
|
Hib4
|
|
VHB(b)
1,2,3 |
|
Hepatite b |
VHB1
|
VHB2
|
|
|
|
VHB3
|
|
|
|
|
|
Sarampo - Parotidite epidémica - Rubéola |
|
|
|
|
|
|
VASPR1
|
|
VASPR2 (b)
|
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Meningococo C | MenC1 | MenC2 | MenC3 |
(a) VASPR: nos nascidos em 1993 que ainda não receberam a 2ª dose de VASPR, a VASPR 2 deve ser administrada aos 13 anos de idade.
(b) VHB: aplicável apenas aos nascidos < 1999, não vacinados, segundo o esquema 0,1 e 6 meses
3. Profilaxia do tétano na presença de ferimentos
Idades
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||||
História de vacinação contra o tétano (nº de doses) |
Feridas pequenas e limpas
|
Todas as outras feridas
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Vacina
|
Imunoglobulina
|
Vacina
|
Imunoglobulina
|
|
Desconhecido ou < 3
|
Sim
|
Não
|
Sim(c)
|
(d)
|
≥ 3 e a última há:
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||||
< 5 anos
|
Não(a)
|
Não
|
Não(a)(b)
|
Não(b)
|
5 a 10 anos
|
Não(a)
|
Não
|
Não(a)(b)
|
Não(b)
|
≥ 10 anos
|
Sim
|
Não
|
Sim
|
Não(b)(d)
|
(a) Excepto se o esquema vacinal estiver em atraso.
(b) Excepto os indivíduos com alterações da imunidade que devem receber imunoglobulina (250 UI) e vacina, qualquer que seja o tempo decorrido desde a última dose.
(c) Dose de 250 UI, administrada numa seringa diferente e em local anatómico diferente do da vacina.
(d) Se o tratamento for tardio ou incompleto ou se a ferida apresentar um elevado risco tetanogénico, deverá ser administrada imunoglobulina na dose de 500 UI, em local anatómico diferente do da vacina, e ser instituída antibioterapia, para profilaxia de outras infecções.
4. Dose de adrenalina a 1: 1000, via intramuscular, de acordo com a idade, para tratamento de reacções anafilácticas
Idade (a) | Dose (ml.) |
2 - 6 meses | 0,07 |
12 meses | 0,1 |
18 meses - 4 anos | 0,15 |
5 anos | 0,2 |
6 - 9 anos | 0,3 |
10 - 13 anos | 0,4 (b) |
³ 14 anos | 0,5 (b) |
a) As doses para crianças com idades não expressas no quadro devem ser aproximadas às referidas para a idade mais próxima
(b) Para reacções moderadas, pode ser considerada uma dose de 0,3ml.
Link para obter estes quadros:
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i007442.pdf
Programa Nacional de Prevenção da Infecção VIH/sida e Outras Doenças de Transmissão Sexual
Circular Normativa 01/DSMIA de 04/02/04 - Gravidez e Vírus da Imunodeficiência Humana
5. Calendarização das Serologias VIH às Grávidas no Período Pré-Natal
1ª serologia realizada até 14 semanas de gestação | Repete às 32 semanas |
1ª serologia realizada após as 14 semanas de gestação | Repete às 32 semanas |
Serologia não realizada ou desconhecida e grávida em trabalho de parto | Teste rápido |
Link para obter estes quadros:
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i006009.pdf
Programa Nacional de Combate à Obesidade
Circular Normativa Nº 3-DGCG de 17/0305
6. Classificação da obesidade no adulto em função do IMC e risco de comorbilidades
Classificação | IMC (kg/m2) | Risco de Comorbilidades |
Baixo peso | < 18,5 | Baixo (mas risco aumentado de outros problemas clínicos) |
Variação normal | 18,5 - 24,9 | Médio |
Pré-obesidade | 25,0 - 29,9 | Aumentado |
Obesidade Classe I | 30,0 - 34,9 | Moderado |
Obesidade Classe II | 35,0 - 39,9 | Grave |
Obesidade Classe III | ≥ 40,0 | Muito grave |
OMS 2000
Link para obter estes quadros:
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i006009.pdf
7. Cálculo do IMC
Indice de Massa Coporal (IMC)= |
Peso (kg)
|
|
|
Estatura (m2)
|
8. Circunferência da cintura e risco de complicações metabólicas
Circunferência da Cintura (cm)
|
||
Risco de complicações metabólicas |
Homem
|
Mulher
|
Aumentado |
≥ 94
|
≥ 80
|
Muito aumentado |
≥ 102
|
≥ 88
|
Link para obter estas tabelas:
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i006908.pdf
Link para obter fórmula de cálculo do IMC:
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i007811.pdf
Programa Nacional de Controlo da Asma
9. Classificação da Gravidade da Asma
A asma pode ter vários graus de gravidade, ou "degraus", consoante a frequência e intensidade dos sintomas e a necessidade de utilização de fármacos. Assim, considera-se quanto ao grau de gravidade:
- Degrau 1 - Asma intermitente
Os sintomas surgem menos de uma vez por semana, ou o doente acorda com os sintomas duas ou menos vezes por mês, ficando assintomático entre os períodos com sintomas.
- Degrau 2 - Asma persistente ligeira
Os sintomas surgem uma ou mais vezes por semana, mas menos de uma vez por dia. O doente acorda com os sintomas durante a noite mais de duas vezes por mês.
- Degrau 3 - Asma persistente moderada
Os sintomas são diários. O doente acorda com os sintomas durante a noite mais de uma vez por semana e necessita de utilizar diariamente agonistas ß2. As crises afectam a sua actividade diária habitual.
- Degrau 4 - Asma persistente grave
Os sintomas são permanentes. O doente acorda frequentemente com os sintomas durante a noite e a sua actividade diária encontra-se limitada.
A presença de uma das características de gravidade, acima enunciadas, é suficiente para colocar o doente num "degrau" de gravidade.
Os doentes podem sofrer crises graves, seja qual for o nível de gravidade da asma, por exemplo na asma intermitente.
Com o decorrer do tempo um mesmo doente pode variar de "degrau" de gravidade, devendo o tratamento ser adequado em função da nova situação.
10. Classificação da Gravidade das Crises de Asma
As crises de asma podem classificar-se do seguinte modo, quando o doente apresenta os seguintes sinais e sintomas:
- Crise Ligeira
- apresenta dispneia à marcha
- tolera a posição de decúbito
- apresenta um discurso quase normal
- está consciente
- apresenta-se habitualmente calmo, podendo mostrar alguma ansiedade
- não apresenta habitualmente tiragem respiratória
- a frequência respiratória está habitualmente normal, podendo estar ligeiramente elevada
- a frequência cardíaca está habitualmente abaixo dos 100/min
- apresenta sibilos moderados
- não apresenta pulso paradoxal
- Crise Moderada
- apresenta dispneia a falar
- adopta a posição de sentado
- fala com frases curtas
- está consciente mas ansioso
- apresenta tiragem respiratória
- a frequência respiratória encontra-se elevada
- a frequência cardíaca encontra-se entre 100 e 120/min
- apresenta sibilos evidentes
- pode apresentar pulso paradoxal
- Crise Grave
- apresenta dispneia em repouso
- encontra-se inclinado para a frente
- fala apenas através de palavras
- encontra-se ansioso ou até agitado
- apresenta tiragem respiratória
- a frequência respiratória é superior a 30/min
- a frequência cardíaca é superior a 120/min
- apresenta sibilos muito evidentes
- apresenta geralmente pulso paradoxal
- Crise com Paragem Respiratória Iminente
- apresenta-se sonolento ou em estado de confusão
- apresenta bradicardia
- apresenta silêncio respiratório
- não apresenta pulso paradoxal
Link para obter estas recomendações:
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i005992.pdf
Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
Circular Normativa Nº 4-DGCG de 17/03/05
11. Caracterização do Risco de DPOC - estádios de risco
Estadio 0: Risco de DPOC
Caracteriza-se por tosse crónica e produção de expectoração, em indivíduos expostos à inalação de partículas ou gases nocivos. A função pulmonar, avaliada através de espirometria, é normal.
Estadio I: DPOC Ligeira
Caracteriza-se por limitação ligeira do débito aéreo e, em regra mas nem sempre, acompanha-se de sintomas. A espirometria revela uma relação FEV1/FVC < 70% e um FEV1 ≥ a 80% do predito.
Estadio II: DPOC Moderada
Caracteriza-se por agravamento da limitação ventilatória e, geralmente, por progressão de sintomas, desenvolvendose dispneia em situação de esforço. A espirometria revela uma relação FEV1/FVC < 70% e um FEV1 < 80% do predito, mas ≥ 50%.
Estadio III: DPOC Grave
Caracteriza-se por uma limitação ventilatória mais grave. A repetição de exacerbações tem impacto negativo na qualidade de vida do doente e requer controlo apropriado, podendo colocar a vida em risco. A espirometria revela uma relação FEV1/FVC < 70% e um FEV1 < 50% do predito, mas ≥ 30%.
Estadio IV: DPOC Muito Grave
Caracteriza-se por limitação ventilatória muito grave, frequentemente associada a insuficiência respiratória crónica ou falência do coração direito. A espirometria revela uma relação FEV1/FVC < 70% e um FEV1 < 30% do predito ou, então, sendo maior que este valor desde que exista insuficiência respiratória associada.
Link para obter estas recomendações:
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i006907.pdf
O Alto Comissariado da Saúde